Pix 2023: novas regras da ferramenta já estão vigentes, confira o que muda para o usuário

O Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), se consolidou como a principal forma de pagamento em 2022 no Brasil e neste ano terá novas regras para utilização.

A ferramenta entra em 2023 com uma série de mudanças para o consumidor se adaptar e que já estão valendo desde esta segunda-feira (2). 

Entre as principais novidades está o fim do limite individual por transação, a personalização do horário noturno e a ampliação dos valores das modalidades Pix Saque e Pix Troco.

De acordo com a autarquia, responsável pelo Pix, as novas regras proporcionam mais segurança e flexibilidade ao mecanismo de pagamento, que bateu recorde de 104,1 milhões de transações por dia com o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro, em 20 de dezembro do ano passado.

Ainda segundo o BC, as alterações foram propostas devido à falta de efetividade de algumas regras, que de alguma forma conseguiam ser contornadas pelos consumidores.

Confira as principais mudanças para o Pix em 2023

Fim do limite individual por transferência: a partir desta segunda-feira (2) acaba o limite por transação do Pix, ou seja, o cliente poderá transferir de uma só vez o limite total diário por período (diurno ou noturno). Ainda assim deverá ser respeitado o limite diário estipulado.

Limite noturno: com a alteração, o usuário não precisa mais se submeter a regra das 20h às 06h que limitava o valor de transações à noite e poderá flexibilizar o horário, começando às 22h em vez das 20h.

Pix Saque e Troco: a modalidade teve seus limites ampliados. A partir de agora, será possível sacar ou receber como troco até R$ 3 mil no período diurno e R$ 1 mil no período noturno, contra o limite anterior de R$ 500 e R$ 100.

Contas de Pessoas Jurídicas: o BC acabou com o limite para transferências a contas empresariais utilizando o Pix.

Compras com Pix: as operações com Pix com finalidade de compra passam a ter as mesmas regras aos da Transferência Eletrônica Disponível (TED).

Acerto de aposentadorias e pensões: o Tesouro Nacional poderá fazer o pagamento das aposentadorias, pensões e salários aos servidores públicos por meio de conta-salário associada ao Pix. 

Correspondentes bancários: foi facilitado o recebimento de recursos por correspondentes bancários pelo Pix, sendo que o correspondente poderá abrir uma conta sem seu nome para movimentação de valores de prestações de serviços, utilizada apenas para os recebíveis de recursos.

Fonte: Contábeis

Pagamento por aproximação: confira limites dos principais bancos e como se proteger

O uso da modalidade deve chegar a 50% dos pagamentos com cartão até o final do ano.

A função do fazer pagamentos com o cartão de débito e crédito por aproximação está em crescimento no país, e segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), de setembro do ano passado para este ano, o uso da modalidade quase dobrou, passando de 19,4% dos pagamentos para 37,7%.

Ainda de acordo com a associação, a expectativa é que até o final deste ano os pagamentos por aproximação já alcancem metade dos acertos feitos com cartão. Um número bastante expressivo, já que há apenas dois anos o uso da função representava apenas 3,9% dos pagamentos.

Apesar do crescimento, a modalidade requer alguns cuidados no uso. Confira algumas dicas propostas pelo perito digital e professor de forense computacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marcelo Nagy, ao UOL, para aumentar a segurança da forma de acerto.

1) Limite do valor da transação: não há uma regra única, mas os bancos costumam estabelecer um limite máximo de até R$ 200 para pagamentos por aproximação sem senha. 

Segundo Nagy, o consumidor deve definir um valor máximo em que são permitidas as transações por aproximação sem senha. Caso o cliente opte por limitar a R$ 50, por exemplo, só serão liberadas compras por aproximação até esse valor. Caso a conta seja mais alta, será exigido senha. Assim, é possível evitar prejuízos altos caso o cartão caia na mão de terceiros. 

Se o banco não permitir alterar o limite máximo para transações por aproximação, o consumidor pode pedir para desabilitar a função.

2) Observe o valor no visor da máquina: a Abecs recomenda que, antes da compra, o consumidor olhe sempre para o valor da compra no visor da máquina e confira as informações.

Caso a máquina esteja com o visor quebrado, não compre. Só aproxime o cartão depois de confirmar o valor e não entregue o cartão nas mãos de outra pessoa

3) Avalie contratar um seguro: Nagy sugere que os consumidores considerem contratar o serviço antifurto para o cartão. Assim, caso o cartão seja furtado ou roubado, basta fazer um boletim de ocorrência e acionar o seguro.

O que dizem os grandes bancos 

O Bradesco afirma que segue a padronização da indústria de pagamentos que autoriza transações por aproximação de até R$ 200. O cliente pode ativar ou desativar o recurso e até mudar o valor. 

Segundo o Bradesco, outra medida de segurança é que o cartão é entregue bloqueado ao cliente. Para utilizá-lo, é necessário realizar o desbloqueio pelos canais de atendimento. Para liberar o uso do pagamento por aproximação, é preciso que o cartão esteja desbloqueado e com a primeira transação realizada com chip e senha.

O Santander também afirma que segue a padronização e que prevê um limite de pagamento de até R$ 200. Esta função está habilitada desde o primeiro uso. O usuário pode optar por bloquear esta funcionalidade pelos canais de atendimento ou alterar o valor. 

O Banco do Brasil afirma que seus cartões também têm limites de R$ 200 no pagamento por aproximação. O cliente pode ativar ou desativar no app Ourocard, WhatsApp BB, pela central de relacionamento ou nas agências. Os limites podem ser alterados pelo cliente.

Caixa Econômica afirma que compras por aproximação de até R$ 200 não exigem o uso de senha e que o cartão vem bloqueado para uso em transações por aproximação. O desbloqueio é realizado após a primeira compra realizada partir da leitura do chip e uso da senha nas maquininhas. Após habilitação, o cliente poderá ativar ou desativar a função pagamento por aproximação por meio do Internet Banking ou em uma agência da Caixa.

O Banco Itaú informou que o limite para compras presenciais com cartão sem senha é de R$ 200. Para valores acima disso, é solicitada a digitação de senha, sendo que não existe limite específico para este tipo de transação.

Com informações: UOL economia

MPEs: Pix é a principal forma de pagamento dos clientes da categoria

Pix cresce entre os pequenos empresários e se torna principal forma de pagamento das MPEs

O Pix, ferramenta de transferência instantânea do Banco Central (BC), já é o meio de pagamento mais utilizado pelos clientes dos pequenos negócios.

A ferramenta digital é a principal forma de recebimento para 42% dos empreendedores, e está à frente de outras modalidades como dinheiro e cartões de crédito e débito. As informações são de uma pesquisa inédita realizada pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Batizada de Pulso dos Pequenos Negócios, a primeira edição do levantamento ouviu, entre o fim de agosto e as duas primeiras semanas de setembro, mais de 6 mil empresários de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.

Separados por porte, o Pix encontra seu melhor desempenho entre os MEI: 51% deles afirmam que esse é o principal meio de pagamento utilizado em suas vendas. Entre as micro e pequenas empresas, o Pix é o principal meio para 28% dos entrevistados.

“Já havíamos percebido esse movimento de crescimento do Pix em pesquisas anteriores e, agora, constatamos que o meio digital vem ocupando, cada vez mais, lugar de destaque entre as formas de pagamento usadas pelos empreendedores”, destaca o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Um outro levantamento realizado pelo Sebrae, no início do ano, já havia detectado que nove em cada dez empreendedores de pequeno porte já estavam aceitando pagamentos via Pix.

“É um sistema ágil, que não onera o consumidor, mais barato que uma taxa de cartão e que pode ser usado 24 horas por dia”, ressalta Melles. 

Os microempreendedores individuais são os que mais recebem pagamento via Pix. De cada dez microempreendedores individuais, cinco têm no Pix a principal forma de recebimento, 20% no crédito, 15% no dinheiro e 5% no débito. 

Já entre os donos de micro e pequenas empresas as vendas via Pix não são a principal forma de recebimento, mas estão em segundo lugar e representam 28%, quantidade bem próxima a do cartão de crédito que corresponde a 30%.

Principal forma de pagamento utilizado pelos clientes das empresas

Microempreendedor Individual (MEI)

•          Pix – 51%

•          Dinheiro – 15%•          Cartão de crédito – 20%

•          Cartão de débito – 5%

•          Outro – 9%

Microempresa

•          Pix – 28%

•          Dinheiro – 10%

•          Cartão de crédito – 30%

•          Cartão de débito – 9%

•          Outro – 23%

Pequena Empresa

•          Pix – 42%

•          Dinheiro – 13%

•          Cartão de crédito – 23%

•          Cartão de débito – 7%

•          Outro – 15%

Com informações Agência Sebrae

Fonte: Contabeis